THE PROCLAIMERS – “I`m gonna be (500 miles)”

Era uma vez dois gémeos escoceses que gostavam de cantar umas coisas. Puseram-se a cantar em pequenos grupos no liceu (acho eu) musica punk. Fases. Isto no final dos anos 70 início de 80. Deixaram-se dessas coisas e em 1983 fundaram os Proclaimers. Em 1986 um fã enviou uma demo deles para os Housemartins (também cá irão passar) que gostaram tanto que os convidaram a abrir os concertos na sua tournê. Isto juntamente com algumas aparições na TV deram a conhecer alguns dos seus temas e em 1987 a canção “Letter from America” atingiu o 3º lugar do Top Inglês e o seu primeiro álbum “This is the story” conseguiu um disco de ouro. Até agora editaram nove álbuns, o último em 2012, e continuam a sua carreira. A música de hoje é de 1988 e escolhia-a porque além de ser excelente para “motivar” e levantar a moral é o meu tema favorito (talvez único) no karaoke. Para perceberem melhor o que estou a dizer cantem alto, de preferência com outras pessoas e saltem ao mesmo tempo. 

THE WATERBOYS – “The pan within”

Banda formada em 1983 por Mike Scott e composta principalmente por músicos da Escócia, Irlanda e Inglaterra. Experimentaram diferentes estilos musicais mas o som que os caracteriza é um misto de música Celta com Rock and Roll. Scott que estudou, por um breve período de tempo, Literatura e Filosofia na Universidade de Edimburgo inclui na letra das músicas vários poemas dos seus escritores preferidos. Após dez anos de trabalho (1983-1993), muitos concertos e 6 álbuns, a banda dissolveu-se e Mike Scott prosseguiu uma carreira a solo. Em 2003 resolveram continuar como banda e até hoje lançaram mais quatro álbuns e continuam a realizar espetáculos por todo o mundo. A música de hoje pertence ao álbum “This is the sea” (1985). A letra da canção é excelente. Se percebem inglês ouçam com atenção.

THE VELVET UNDERGROUND – “Sweet Jane”

Banda de vanguarda que surgiu na década de 60 e que foi funcionando a espaços (1965 a 1973, 1990, 1992 a 1994 e 1996). Devido ao seu estilo experimental e pouco comercial para a época não viu reconhecido o espirito criativo e inovador que agora lhes é atribuído, sendo inclusivamente mencionada pela crítica como um dos grupos realmente essenciais na história do Rock and Roll. Foram “apadrinhados” por Andy Warhol que divulgou os seus trabalhos, e de outros músicos irreverentes, no seu estúdio de arte.  O Velvet Underground sempre foram conhecidos pelo som alternativo, desvinculado de interesses comerciais e que focalizava quase sempre temas relacionados ao submundo (narcóticos, prostituição, criminalidade, etc). Na música de hoje vão reconhecer a voz de Lou Reed (já apareceu aqui no Blogue), que é também o seu autor. Pertence ao quarto álbum de estúdio “Loaded” de 1970.

JOY DIVISION – “Love will tear us apart”

Banda pós-punk inglesa formada em 1976 e que terminou quatro anos depois após o suicídio de Ian Curtis, vocalista e principal autor das letras das músicas. As suas canções evoluíram de um som inicialmente mais parecido com o punk mas que, após a colaboração do produtor da editora que lançou os seus dois álbuns de estúdio, foram acrescentados alguns efeitos eletrónicos. Em consequência, são tidos até hoje como referência pioneira ao som new wave da primeira metade dos anos 80. A característica mais marcante é a sua sonoridade melancólica acompanhada de melodias com efeitos depressivos e cotidianos. Os outros elementos da banda afirmam que as letras das músicas, com utilização repetida de palavras como “escuridão, pressão, frieza, fracasso, crise, colapso e perda de controlo”, refletiam profundamente a vida pessoal de Curtis mas que só se aperceberam disso após a sua morte. A música de hoje é uma das mais conhecidas e está integrada no segundo, e último, álbum da banda “Closer” (1980) lançado já a título póstumo.

DEPECHE MODE – “Personal Jesus”

Formaram-se em 1980. Na altura a banda era constituida por quatro elementos. Agora tou cansado e não me apetece escrever os nomes todos. Após o álbum de estreia “Speak & Spell”, em 1981, um deles – Vince Clark (teclista) (o baixinho, lembram-se…) deixou a banda e fundou os Erasure (com o gajo com a voz efeminada) e Yazzo (com a rapariga com voz mausculinizada). Foi substituído por outro rapaz de 1982 a 1995, ano em que também abandonou a banda. Os outros deviam ser de convivência difícil. A partir dai passaram a trio e hoje ainda continuam a produzir coisas novas. Quanto a discos, até agora foram doze e está previsto para este ano mais um (acho que ainda não saiu mas confirmem). A música de hoje é uma das minhas preferidas. Foi o 23º single da banda fazendo parte do álbum “Violator” (1989).

A-HA – “Take on me”

Quem não conhece este vídeo? Muito poucos, de certeza. Mas sabiam que este foi um dos vídeos musicais mais premiados de sempre? É verdade. E que o realizador já tinha dirigido os clips “Billie Jean” do Michael Jackson e “Money for nothing” dos Dire Sraits. Mais uma coisa: depois ainda foi responsável pelo filme  “Teenage Mutant Ninja Turtles” (Tartarugas Ninja, pois claro). A técnica utilizada para criar este tipo de imagem chama-se “Rotoscoping” e consiste na sobreposição de de um lápis sobre as imagens de um filme, frame a frame. Feito à mão dá trabalho de certeza.Em 1985 era assim mas agora já é feito através de um computador. Para terminar ficam também a saber que a rapariga que aparece no filme era mesmo a namorada do vocalista. Coisas da revista Maria ou Lux, mas prontos. Até para a semana.

NATASHA BEDINGFIELD – “These Words”

Para perceberem melhor a introdução convêm explicar o que é a “Music Video Production Association”. Então é uma associação de produtores, realizadores e outros responsáveis pela criação de vídeos de música que, desde 2002, premeia anualmente os melhores vídeos no que diz respeito a originalidade, qualidade gráfica, efeitos especiais, etc. Ora em 2006 o vídeo de hoje ganhou quatro desses prémios. Foi filmado no Rio de Janeiro (tem cenas em espaços tipicamente brasileiros e de influencia portuguesa) e dirigido por Chris Milk. Apesar da sua qualidade a música foi divulgada oficialmente com um vídeo clipe diferente. Eu já vi o outro e prefiro este.

OK GO – “Here it goes again”

O vídeo clip desta música dos OK GO consiste numa coreografia totalmente realizada em passadeiras rolantes pelos elementos da banda. Foi filmada depois de 17 tentativas e gravada num único “take”. Sem montagens e colagens. Gravado em 2006 foi um dos primeiros “vídeos virais” na Internet atingindo a incrível marca de 50 milhões de visualizações e um Grammy para melhor vídeo musical.

OREN LAVIE – “Her morning elegance”

Este video tornou-se um fenómeno da pop-arte e um dos maiores sucessos nos filmes “stop-motion”. Foi nomeado nos 52º Grammy Awards (2010) e foi visto em festivais de cinema de todo o mundo. É um conjunto de 2096 (!!) fotografias filmadas em sequência para criar a sensação de movimento. Juntaram-lhe a música e o resultado é o que vão ver a seguir. 

VIDEO CLIPES QUE FAZEM A DIFERENÇA - 1º VIDEO

Cada vez mais se dá atenção à qualidade do vídeo de apresentação de uma música. O sucesso na divulgação de uma canção está também ligado às imagens associadas ao som. Os videoclipes que se viam há alguns anos atrás só com as bandas/ cantores em palco já são raros. Mesmo as músicas “antigas” com reconhecida qualidade e que não tiveram direito a videoclipes originais quando apresentadas em canais da Internet – Youtube, Vimeo, Dailymotion, etc – são sempre procuradas as versões melhor trabalhadas em termos de imagem. Isto pode ser bom mas também pode ser mau. Deixar de reparar numa boa música porque não tem um bom videoclipe ou, vice-versa, não é positivo. Resumindo, vou dedicar esta semana a vídeos que descobri ao acaso na Net e que me fizeram prestar mais atenção à música. Descobri depois que alguns até receberam prémios internacionais mas outros só são conhecidos nos canais sociais e não fazem parte de lista nenhuma. São gostos. Escolhi cinco. Vejam.

MATT and KIM – “Daylight”

É um dos exemplos de videoclipes simples, sem efeitos especiais complexos e que qualquer banda com alguma imaginação poderia fazer com um mínimo de custos. Acho. Foi lançado no Youtube em 2008 e já alcançou, até ao dia de hoje, 12.345,214 milhões de visualizações, ajudando a promover um banda, constituída por dois elementos, sem ligações a grandes editoras. Aposto que não conhecem. Eu vi uma vez e fiquei logo fan.