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quarta-feira, 31 de julho de 2013

REPOSIÇÃO III: DEAD CAN DANCE – “Sanvean”

Esta música foi postada numa semana a que dei o nome de “Musícas diferentes”, uma vez que marcavam nessa altura uma alteração ao padrão musical das canções até ai apresentadas. Não eram melhores nem piores mas somente diferentes. Um dos membros do Blogue, que preferiu ficar Anónimo, sugeriu a sua inclusão esta semana. Concordo. Aqui está o post completo. 


Uma banda, ou se calhar fica melhor dizer que é um projeto musical, centrado principalmente em duas pessoas – Lisa Gerrard e Brendan Perry– um casal australiano. Foram eles os fundadores e, desde 1981, os outros membros alternaram-se bastante. O seu género musical inclui estilos como “darkwave” (escuridão, letras introspetivas e sonoridade depressiva), “world music” (mistura de artes cénicas elaboradas de modo a promover a harmonia e entendimento entre as culturas), “medieval” e “renascentista europeia” (1400 a 1600 DC). Em 1984 lançam o seu primeiro álbum “Dead can dance” e até 1998 são gravados mais sete trabalhos. Neste ano é anunciada a dissolução da banda. Após resolvidas algumas diferenças de opinião o duo volta a juntar-se e em 2012 é lançado mais um álbum “Anastasis” e efetuada uma digressão pela Europa, States e América Latina. Uma vez que têm bastantes músicas que vale a pena ouvir nem sabia bem qual escolher. Decidi-me pela primeira que ouvi, à uns anos atrás, e despertou o meu interesse pelos seus trabalhos. Chama-se “Sanvean” e pertence ao álbum “Toward the within” de 1994. Já agora ficam a saber, se é que não sabem já, que atuaram no fim-de-semana passado no Festival Optimus Primavera Sound realizado no Porto.

terça-feira, 30 de julho de 2013

REPOSIÇÃO II: PETER MURPHY – “Cuts you up”

Neste dia ouvi esta música no rádio (8.30h …. chiça) e recordei uma das que ouvia, reouvia e ouvia outra vez na minha adolescência. Memórias (muito ….) agradáveis. Cheguei a casa fiz o post e à noite já estava colocada. É o que dá ter um Blogue. E pelos comentários também agradou a quem viu o vídeo. Àh, é verdade. Fui Eu que escolhi esta reposição.

PETER MURPHY – “Cuts you up”

Mais conhecido como mítico líder dos Bauhaus, grupo pós punk de enorme sucesso no início dos anos 80, Murphy ao fim de cinco anos dos Bauhaus abandona a banda e esta fica inativa. Em 1984 Peter Murphy entra num projeto chamado, Dali's Car, com Mick Karn, ex-membro dos Japan[1], que não obteve grande sucesso. É então aí que Peter Murphy decide lançar a sua carreira a solo, afastando-se do estilo musical dos Bauhaus, e entrando num estilo mais rock que fez com que este ganhasse outro tipo de apreciadores. Os seus primeiros êxitos são as canções "Indigo Eyes" e "Dragnet Drag", ambas extraídas do seu segundo álbum "Love Hysteria", lançado em 1988, porém o seu apogeu surge em 1990 com os singles "Strange Kind of Love" e "Cuts You Up" – O vídeo de hoje - extraído do álbum "Deep". Em 1995 Murphy teve outro álbum de grande sucesso, “Cascade” com singles como "Scarlet Thing In You" e "I´ll Fall Wiht Your Knife". Em 2008, sem lançamentos de Bauhaus há 25 anos, é editado Go Away White. Com este lançamento, Murphy e os restantes elementos Bauhaus, garantem ser o derradeiro antes do final da banda. A música de hoje é um “must” que todos deviam conhecer.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

REPOSIÇÃO I - PS 22

Resolvi não ficar indiferente ao Dia da Criança e participar numa data em que se deve recordar todas aquelas crianças de quem não nos lembramos todos os dias. Por isso coloquei estes vídeos que não passaram despercebidos à Ana Nazário , que sugeriu a sua reposição esta semana, Aqui está o post completo.

Juntamente com o professor de música Gregg Breinberg vários conjuntos de miúdos formam um coro que todos os anos letivos são diferentes. A escola que representam é a Elementary School Public School 22 de Staten Island – New York, que tem alunos de diversos estratos sociais e origens étnicas. Dai o nome dos grupos. No início do ano letivo são feitas audições aqueles que querem fazer parte do coro, ensaiam duas vezes por semana no horário letivo e apresentam os seus trabalhos em espetáculos dentro e fora do meio escolar. O primeiro coro foi construído em 2000. Em 2006 lembraram-se de colocarem vídeos no YouTube e até hoje receberam mais de 50 milhões !!! de visualizações. Tornaram-se um fenómeno na Internet e atuaram com uma série de músicos que todos já ouviram. Para hoje escolhi três dos seus vídeos todos de anos escolares diferentes. Aqui estão eles. P.S.: Não se esqueçam de mostrar às vossas crianças. Pode ser que gostem.
Se quiserem saber e ouvir mais vão ao site http://ps22chorus.blogspot.pt/.

PS 22 (2010/2011) – “Please, please, please, let me get what i want” (The Smiths)
Uma música das minhas bandas Top – The Smiths - cantadas por um coro de escola. Nunca me lembraria.


PS 22 (2008/2009) – “Forever young” (Alphaville)



PS 22 (2012/2013) – “Little talks” (Of monsters and men)

domingo, 28 de julho de 2013

ÚLTIMA SEMANA ANTES DO INTERVALO PARA FÉRIAS

Pois é, os eventos sociais e as viagens que normalmente acontecem no Verão não vão permitir que assegure a colocação regular de músicas no Blogue. Por isso, após 27 semanas e 134 músicas, resolvi fazer um intervalo neste projeto. É só o mês de Agosto. Esta semana vai ser a última desta primeira fase e o alinhamento foi composto por alguns membros com a repetição das músicas que mais gostaram de ouvir aqui. Uma espécie de resumo. Evidentemente continuarei a partilhar ocasionalmente algumas canções através do Facebook. Em princípio, no mês de Setembro iremos retornar com o formato habitual, ou com alguns upgrades – logo se vê. Além dos membros já registados, quem quiser ser alertado do recomeço das atualizações inscreve-se e envia um endereço de email ou Facebook. Boas férias.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

DIANA KRALL – “Crazy”

Para terminar a semana um toque de modernidade. É considerada uma das melhores, senão a melhor, cantora de Jazz da atualidade. Nasceu no Canadá mas devido ao talento que demonstrava em pequenas atuações ao vivo foi convidada para frequentar um Colégio de Música em Boston. Após o curso gravou algumas canções com Jimmy Rowles, músico ligado ao Jazz e em 1993 saiu o seu primeiro álbum a solo “Stteping out” que alcançou a 12º posição da tabela Bilboard Jazz. Mas foi o terceiro álbum “All for you” (1995) que definitivamente a lançou para a fama sendo indicado para um Grammy Award e permanecendo na tabela de vendas da revista Bilboard durante 70 semanas. A sua discografia contempla treze álbuns (1993 a 2012) tendo oito deles atingido o nº1 da Tabela Bilboard de Jazz. A canção de hoje é que não é muito recente. Foi composta em 1961 por Willie Nelson e direcionada para a música country. A Diana interpretou uma versão Jazz e o resultado é o que vão ouvir. Bom fim-de-semana.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

BILLIE HOLLIDAY – “Blue moon”

Já foi protagonista esta semana, mas como é a minha intérprete preferida (se quiserem ver a sua apresentação é só lerem o post de 2ª feira) na música Jazz resolvi postá-la outra vez. O problema foi selecionar uma música de tantas de que gosto. Optei pelo tema “Blue moon” que, de certeza, já ouviram cantado por outros músicos mais divulgados. Por exemplo Elvis Presley, Bob Dylan e Frank Sinatra. A parte musical foi composta em 1934 para a banda sonora do filme “Manhattan melodrama”, sem intuitos comerciais, mas devido à sua aceitação os autores escreveram uma letra para a venderem em single. E o resultado foi uma música que já atingiu o nº1 dos Tops de muitos países, interpretada por diferentes músicos e está incluída nas melhores 500 canções da história no Rock and Roll of Fame. Esta versão Jazz faz parte do 1ºálbum de estúdio “Billie Holliday” (1952).  

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ELLA FITZGERALD E LOUIS ARMSTRONG – “Dream a little dream of me”

Pela maior divulgação e gravações mais recentes, estou-me a lembrar por exemplo dos The Mamas & the Papas (1968) e dos Beautiful South (fim da década de 90), devem reconhecer a melodia. Mas a composição original foi realizada em 1931 para um ritmo totalmente diferente, muito mais jazz e pequenas bandas de orquestra. A versão jazz de hoje é um dueto da década de 50 (não consegui apurar o ano certo) em que a novidade são os instrumentos de sopro como instrumento principal, tocado por um sr. que não tocava nada mal …… e uma sra. que cantava umas coisitas. O sr. chama-se Louis Armstrong, famoso pela mestria como dominava o trompete e corneta bem como pela voz grave singular, principalmente nas atuações ao vivo e nos improvisos que ai apresentava. A sra. chama-se Ella Fitzgerald e é considerada por muitos críticos a melhor cantora do sec. XX, não só como cantora de Jazz evidentemente, uma vez que passou por vários géneros musicais. Tem no seu currículo 14 prémios Grammy (um como reconhecimento pela sua carreira), a medalha nacional das artes e medalha presidencial da liberdade dos USA. Uma curiosidade: no dia 25 de Abril – dia do seu nascimento - deste ano o Google fez-lhe uma homenagem criando um logotipo pessoal e colocou-o na página principal do site. Estes dois intérpretes não podiam ficar de fora desta semana e, por sorte, encontrei uma canção em que fazem um dueto. Mais uma vez …. desfrutem.

terça-feira, 23 de julho de 2013

BILLIE HOLLIDAY – “All of me”

Hoje temos aquela que é considerada por muitos a melhor cantora de Jazz de todos os tempos, sendo conhecida por Lady Day e viveu entre 1915 e 1959. Foi filha de pais adolescentes, quando nasceu o seu pai tinha dezasseis anos, que logo abandonou a família para viajar com uma banda de Jazz, e a sua mãe apenas treze. Aos doze anos lavava o chão de casas de prostituição e aos catorze ela própria tornou-se prostituta. Começou a cantar em 1930 num bar de Harlem onde foi fazer uma audição como dançarina e por insistência do pianista do bar cantou e logo após saiu com um emprego fixo. Nunca teve formação musical. Após três anos a cantar em diversos bares noturnos chamou a atenção de um crítico deste género musical e gravou o seu primeiro disco. A partir dai começou uma carreira de sucesso numa época de grande segregação racial e foi a primeira negra a cantar com uma banda constituída só por brancos. Em quatro anos gravou cerca de 50 canções. Faleceu em 1959 por abuso de álcool e drogas. Apreciem o timbre da voz e a emoção que transmite na sua interpretação.

INTRODUÇÃO À SEMANA DO JAZZ E 1ª MÚSICA

Pois é, esta semana vai ser inteiramente dedicada ao género musical conhecido como Jazz. Caso não saibam já, teve origem no início do século XX, nascendo da criatividade dos músicos negros de New Orleans que a partir de ritmos e instrumentos africanos e da sua mistura com outras tradições musicais conseguiram um tipo de som próprio que denominaram de Jazz. Os instrumentos principais eram aqueles mais utilizados nos bares da cidade – piano, saxofone e bateria light (som de palhetas e metais) sempre num ritmo lento, sincopado e também muita improvisação. Com a sua divulgação foi sendo adaptado a outros ritmos, instrumentos (como a 1ª música vai mostrar) existindo agora diversos tipos de Jazz. Optei por vos apresentar músicas mais light – o Jazz pode ser um som algo difícil – mas ligado às suas raízes, principalmente nos instrumentos e intérpretes. O alinhamento ainda vai ser decidido ao longo da semana, mas para hoje ficam com uma canção “imortal” com uma cantora ícone da música Jazz. Uma boa semana musical e espero que gostem da minha seleção. 


NINA SIMONE – “Here comes the sun”
Pianista, cantora e compositora americana. Por ter vivido numa época em que a cor da pele era motivo para não ter acesso a muita coisa, não conseguiu entrar num conservatório de música que lhe permitisse prosseguir um sonho de ser uma concertista de sucesso. Para conseguir tocar piano num bar teve de recorrer a um nome artístico sendo “Nina” de ser pequena e “Simone” uma homenagem a Simone Signoret. Ai foi obrigada a cantar para não perder o emprego e cantava tão bem que lhe permitiu alcançar patamares elevados de sucesso. Passou por vários géneros musicais – Gospel, Blues, Jazz, Soul e Folk – imortalizando canções como a que vão hoje ouvir. Era também uma combatente contra qualquer tipo de racismo cantando inclusivamente no funeral de Martim Luther King. Na música de hoje os instrumentos principais são o piano e a bateria com som de palhetas e metais, característicos do Jazz.