WALK OF THE EARTH – “Farytale of New York”

E pronto. Chegamos ao fim da nossa semana totalmente dedicada ao Natal. Boa época natalícia, de preferência com música de qualidade e muito espirito Natalício. Aproveito também para informar que não irei postar qualquer vídeo durante este período que também será vivido em outras paragens. Volto quando voltar. Bom Natal para todos. 
Sem tempo para apresentações. Stop. Bom Natal. Stop. Over and out. Fui …..

JOHN LENNON – “So this is Christmas (War is over)”

No início era conhecido por ser um dos membros fundadores dos Beatles, o que não é pouco diga-se, mas após os normais desentendimentos entre os quatro rapazes de Liverpool adotou uma postura mais “hippie” e, junto com a sua nova mulher Yoko, passou a defensor de causas que considerava justas, nomeadamente a discordância com a guerra no Vietnam. Nesta sua carreira a solo lançou, em 1971, o single que contêm a música de hoje. Inicialmente era uma canção de protesto contra a guerra do Vietnam mas rapidamente se tornou um popular tema de Natal. As vozes de crianças que ouvimos são de crianças do bairro de Harlem em Nova York.

 

LOU REED – “Xmas in February”

É verdade, o nosso amigo Lou Reed também interpretou canções ligadas ao Natal. Esta surgiu no álbum “New York” (1989), o seu décimo quinto disco a solo, que devido ao sucesso que alcançou conseguiu revitalizar a sua carreira a solo e ajudou a impulsionar os trabalhos dos Velvet Underground, banda de que Reed era vocalista e principal compositor. A letra da música fala da guerra do Vietnam que o presidente dos States tinha previsto o seu fim na época de Natal do primeiro ano mas uma vez que tal não aconteceu não deixou todos os soldados celebrarem o Natal em Fevereiro. Não é portanto uma canção alegre mas que tem a época do Natal como um momento que deve ser passado em paz e alegria.

U2 – “Christmas (Baby, Please Come Home)”

Esta música foi interpretada pela primeira vez em 1963 por Darlene Love, uma cantora de R&B americana. Em 1987 os U2 fizeram a sua própria versão que foi incluída no álbum “A very special Christmas”, uma compilação de vários temas de Natal interpretados por diversas bandas, por exemplo, Eurytmics, Bon Jovi, Pretenders entre outros. O (muito) dinheiro obtido nas vendas do disco reverteram para a organização das Special Olympics. Em Janeiro de 1998 o álbum obteve já quatro discos de platina e estima-se que vendeu cerca de quatro milhões de cópias, só nos States.

CHICO BUARQUE – “Tão bom que foi o Natal”

E que tal o Chico Buarque a cantar uma canção de Natal? Pois é, isso existe. É pouco conhecida mas é real e ao seu estilo característico. Esta música faz parte de um compacto que era oferecido aos clientes de uma imobiliária. De um lado está esta canção, composta e interpretada por ele, o outro é composto por jingles da imobiliária. Estávamos no Natal de 1967. Teve tanto sucesso que obteve o prémio de Melhor Cartão de Natal no 1 Prémio Colunistas Nacional de 1968. Segundo ele, esta musiquinha (palavras dele) que gravei só com o meu violão, era para a empresa distribuir somente aos clientes como brinde de Natal. Mas como começou a ser popular e bastante divulgada na rádio a empresa começou a aproveitá-la para outros fins e começaram disputas jurídicas e tal, mas isso já não interessa. Ouçam que é gira e muito pouco conhecida. 

QUEEN – “Thank god it`s Christmas

Como é natural aqui o Blogue não poderia deixar de contribuir para o espirito natalício. Com música, naturalmente. Esta semana vai então ser preenchida por canções de Natal que este vosso amigo administrador gosta de ouvir nesta altura do ano. E noutras também. Espero que também fiquem adeptos. A primeira é …… etc ….. e amanhã há mais.

Uma grande banda, um sublime cantor, uma canção que de Natal ao melhor espírito dos Queen. Penso que é uma excelente forma de iniciar esta semana. Mas o que escrever sobre eles que vocês já não saibam? Quanto mais informação há sobre um grupo mais difícil fica resumi-la. Vou tentar. Bom, A banda teve o seu início em 1971 e era formada por quatro elementos: Freddie Mercury (vocalista e às vezes pianista), Brian May (guitarrista) – os dois que aparecem no vídeo – John Deacon (baixo) e Roger Taylor (baterista). Ao contrário de outros grupos, esta formação manteve-se inalterada até à morte de Mercury, em 1991. Lançaram o primeiro álbum “Queen” em 1973, sem grande êxito. Não desistiram e lançaram um segundo “Queen II”, e um terceiro “Sheer Heart Attack”, em 1974. Mas foi no álbum seguinte “A night at the opera” (1975) que atingiram o estrelato, onde está incluída a música de hoje. A partir dai iniciaram um trajeto fantástico com mais onze álbuns cheios de músicas que quase todos gostamos. Mas não se ficaram só pelos discos de estúdio. As atuações ao vivo eram sempre noticia embaladas pelo carisma de Mercury nas interpretações musicais. Esta é a sua música de Natal.

ETTA JAMES – “At last”

Foi uma cantora americana (faleceu em Janeiro de 2012) de vários géneros de música que incluem Blues, Rock and Roll, Soul, Gospel e Jazz. O seu primeiro álbum a solo “At last” (1961) além da sua voz espantosa chamou a atenção pela variedade de estilos musicais presentes nas diferentes canções que ficaram para a história como “At last”, “I just want to make love to you” e “Sunday kind of love”. Ao longo dos anos recebeu vários prémios dos quais destaco seis Grammys por êxitos musicais e interpretações, faz parte do Rock and Roll Hall of Fame, do Blues Hall of Fame e do Grammy Hall of Fame. Em 2003 ganhou também o Grammy Lifetime Achievement pela sua carreira na música. A sua discografia inclui 28 álbuns de estúdio, 3 álbuns ao vivo e 6 coletâneas. A música de hoje é merece ser ouvida com muita atenção e com o som bem alto. Principalmente os graves (“Bass”). O vídeo é um exclusivo aqui do Blogue. Bom fim-de-semana.

BEN HARPER – “Diamonds on the inside” (acoustic version)

Hoje estou muito cansado para escrever alguma coisa. Tá aqui o link da Wikipedia; Ben Harper

RÁDIO MACAU – “Cantiga de amor”

Em 1980 três jovens, Xana, Flack e Alex viviam juntos na casa de Xana. Os dois rapazes tocavam num grupo que se intitulava Crânio. Parece-me um bom título. A partir de 1983 alteraram o nome para Radio Macau ao mesmo tempo que trocavam de vocalista, passando Xana a fazer esse papel. Juntamente com mais dois músicos, um teclista e um baterista, gravam uma maqueta com duas músicas e dão o seu primeiro concerto. A coisa pegou e o tema “A noite” começa a passar na Rádio Renascença e conseguem assinar contrato com a primeira editora que contactaram. O primeiro álbum “Rádio Macau” saiu em 1984 e em 1985 gravam um single “A vida num só dia” que esgota uma primeira edição. Resolveram lançar uma segunda tiragem em versão single e maxi-single que vende tão bem como a primeira. São convidados para atuar em vários concertos no estrangeiro com passagens por Espanha (14 concertos) Berlim e Salónica. Até 1993 lançam mais cinco álbuns que incluem temas como “O elevador da Glória”, “Anzol”, ”Hoje é a brincar” e “Amanhã é sempre longe demais” e resolvem tirar umas férias prolongadas. Voltam a tocar juntos em 2000 lançando, já com outra sonoridade o álbum “Onde o tempo faz a curva” a que se seguiram coletânea “A vida num só dia” e o álbum “Acordar”. O último álbum, até agora,”8” saiu em 2008 e a música de hoje é a sua segunda faixa.

SHARLEEN SPITERI – “If i can't have you”

Lembram-se dos “Texas”? Ela é a vocalista. Tal como a banda, é escocesa e começou a sua carreira artística em 1986, tendo o 1º single do grupo, “I don`t want a lover”, lançado em 1989, alcançado o nº8 do Top Ten Britânico. Foi o início de um percurso de sucesso que levou a um total de sete álbuns originais, estando previsto o lançamento, em Maio deste ano, do oitavo: “The conversation”. Nos intervalos desta história, a Sharleen teve ainda tempo para gravar dois CDs a solo “Melody” (2008) e “The Movie Songbook” (2010) onde interpreta canções que fazem parte de alguns filmes bem conhecidos. A música de hoje faz parte da pelicula “Saturday night fever”.

ANIA DABROWSKA – “Bang Bang”

É polaca de nascimento. Tem “escola” de música, frequentou um Conservatório de Música, além de cantora toca também guitarra baixo e ainda arranjou tempo para estudar psicologia. Tem conseguido grande sucesso no seu pais conseguindo discos de ouro e platina nos seus, até agora, cinco álbuns. O seu primeiro álbum “Samotnosc  po zmierzchu” surgiu em 2004 e o último “Bawie sie swietnie” o ano passado. Além destes trabalhos contribui para a banda sonora de alguns filmes e inclusive para um documentário sobre a sua vida e curta carreira. O som que prefere é um pouco de pop com musica retro o que vão perceber no tema de hoje, uma música dos anos 60.

CARLOS PAREDES – “Verdes anos”

Ficou conhecido como “O mestre da guitarra portuguesa” e “O homem dos mil dedos”. Estas expressões dizem muito acerca do que representou no mundo da música portuguesa, principalmente no que respeita ao espirito da tradição de Coimbra. As suas raízes familiares Coimbrãs influenciaram bastante as suas composições mas o facto de, com nove anos, ter alterado a sua residência para Lisboa contribuiu para alargar o seu reconhecimento em Portugal. Como muitos artistas antes do 25 de Abril de 1974, foi preso pelo regime da altura. Em 1962 foi convidado para compor a banda sonora do filme “Verdes anos” e o trabalho que apresentou foi bastante reconhecido e, em 1967, editou o seu primeiro álbum “Guitarra portuguesa”. As suas composições e interpretações na guitarra portuguesa foram de tal forma importantes para o pais, que no dia da sua morte, em 2004, foi decretado Luto Nacional. Nos seus pensamentos revelava “O meu pai dizia que, quando morresse, queria que partissem a sua guitarra e a enterrassem com ele. Eu desejaria fazer o mesmo, se eu tiver que morrer”.

THE WATERBOYS – “This is the sea”

Banda formada em 1983 por Mike Scott e composta principalmente por músicos da Escócia, Irlanda e Inglaterra. Experimentaram diferentes estilos musicais mas o som que os caracteriza é um misto de música Celta com Rock and Roll. Scott que estudou, por um breve período de tempo, Literatura e Filosofia na Universidade de Edimburgo inclui na letra das músicas vários poemas dos seus escritores preferidos. Após dez anos de trabalho (1983-1993), muitos concertos e 6 álbuns, a banda dissolveu-se e Mike Scott prosseguiu uma carreira a solo. Em 2003 resolveram continuar como banda e até hoje lançaram mais quatro álbuns continuando a realizar espetáculos por todo o mundo. A música de hoje é do álbum com o mesmo nome “This is the sea””, de 1985, descrito por alguns críticos como épico e a definição do melhor que a banda representa.

R.E.M. – “Drive”

Uma coisa que muitos não sabem: R.E.M. quer dizer “Rapid Eye Movement” (Movimento Rápido dos Olhos). Formaram-se em 1980 sendo consideradas uma das primeiras bandas populares de rock alternativo. O primeiro álbum “Murmur” (1981) teve uma boa aceitação, principalmente ao nível do público jovem e com muita divulgação através de rádios estudantis. Depois de alguns anos de sucesso underground lançaram os seus dois álbuns mais conhecidos “Out of time” (1991) e “Automatic for the people” (1992). Em 1998, após o sucesso do sexto álbum “Green”, foram eleitos pela revista Rolling Stone a melhor banda de Rock and Roll dos States. Depois de 15 álbuns com canções que todos nós conhecemos anunciaram o fim oficial da banda em 21 de Setembro de 2011. A música de hoje pertence ao álbum “Automatic for the people”, de 1992.

HOLOGRAM – “Pale blue eyes“

Foi difícil recolher informação sobre este duo francês. A melhor fonte foi uma entrevista a uma revista francesa, língua que não é o meu forte. Mas do que consegui perceber são dois jovens, Maxime Sokolinsky e Clara Luciani, que se conheceram em Paris e, pertencendo a discretos grupos que tocavam em bares, gostaram de ouvir-se um ao outro e decidiram que seria uma boa ideia tocarem juntos e quem sabe formar a sua própria banda. Reuniram algumas músicas da sua autoria e, através de uma editora independente, gravaram um EP. A partir daqui deixei de ler …. Realmente o meu Françês deixa muito a desejar ….. mas ainda consegui perceber que um dos seus grupos de referência são os “The Jesus and Mary Chain” o que para mim é um excelente cartão de visita. Bom, se quiserem ler a entrevista está aqui: http://roughdreams.fr/2013/10/portrait-hologram/.  A música que apresento hoje é uma versão de um original dos Velvet Underground que interpretaram duas semanas depois da morte de Lou Reed como uma forma de homenagem póstuma. Recentíssima portanto.

BECK – “Everybody's gotta learn sometime“

Mais um cidadão dos States. É daqueles casos que decidiu cedo o que queria fazer, saiu da escola aos dezasseis anos e resolveu viver da música. Era influenciado por uma série de estilos musicais onde constava, como é hábito nos adolescentes, punk, anti-folk, hip hop de rua, etc. Começou a tocar em festas e bares, empregos alternados, dormia em sofás de casas dos amigos, etc. Mas não desistiu e foi fazendo alguns trabalhos em produtoras independentes, normalmente sem sucesso algum. Até que em 1994 surge o single “Loser” (gosto bastante e nem sei por que não postei ainda) e tudo mudou. Embora o álbum consequente fosse uma mistura de sons em que não se conseguia perceber qual era o seu, assinou por uma grande editora e as suas músicas foram muito mais divulgadas e apoiado por pessoas e meios a que não estava habituado. Foi a rampa de lançamento para mais oito álbuns mas sempre com uma grande variedade de géneros musicais, de música eletrónica a brasileira por exemplo, de tal forma que nunca se sabe bem o que esperar do seu disco seguinte. A música de hoje é uma interpretação de um tema dos “The Korgis” e o vídeo são imagens do filme “Eternal sunshine of the spotless mind”.