Tem
um percurso de vida ligado ao “Portugal profundo” e ao trabalho desde os 11
anos de idade, que terá influenciado a sua forma de estar. Não para ser igual
mas sim diferente, com outras formas de estar na vida e na música. Começou com
espetáculos ao vivo ainda no final dos anos 70 começando desde logo a
evidenciar-se pela combinação de vários géneros musicais como o rock, pop,
blues ou fado. Sempre disse que a sua principal referência era Amália Rodrigues.
Em 1981 lançou o primeiro single com os temas “Povo que lavas no rio” e “Estou
além”. Em 1984 saiu o primeiro álbum “Anjo da guarda” com dez faixas, todas da
sua autoria, onde se destacaram os temas “É prá amanhã” e “O corpo é que paga”.
Antes de falecer, em 1984 com 39 anos, lança mais um álbum “É prá amanhã” que
inclui o tema “Canção do engate”. Vinte anos depois da sua morte o grupo
“Humanos” editou um álbum em sua homenagem que incluía músicas inéditas que
estavam “perdidas” no seu património pessoal. Explicou a opção pelo nome Variações desta forma: “É uma palavra que
sugere elasticidade, liberdade. E é exatamente isso que eu sou e que faço no
campo da música. Aquilo que canto é heterogéneo. Não quero enveredar por um
estilo. Não sou limitado. Tenho a preocupação de fazer coisas de vários
estilos.". Penso que a música de hoje expressa um sentimento
partilhado por muitas pessoas.
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